PACIFICADOR - Perturbando a Paz
Depois do sucesso que foi a série O Pacificador, derivada do filme Esquadrão Suicida 2, óbvio que não demoraria para pintar mais uma HQ sobre o personagem. E ninguém melhor do que Garth Ennis para escrever sobre um desequilibrado que "traz paz ao mundo matando quem deve morrer".
O quadrinho tem apenas 48 páginas, com artes de Garry Brown e cores de Lee Loughridge. O roteiro é assinado pelo já mencionado Garth Ennis, que aposta numa história baseada em flash backs.
Christopher Smith (o Pacificador) precisa passar por uma entrevista psicológica devido seu ingresso na Força Delta. Durante a conversa com a doutora Sedgewick somos levado a diversas lembranças de Chris, desde sua infância perturbada com mortes dos seus pais, biológicos e adotivos, como seu ingresso nas forças armadas e incursões militares que realizou. A história não tem grandes pretensões, a não ser mostrar detalhes da vida do personagem, que é desconhecido até para colecionadores de comics. Porém no desenrolar da avaliação, descobrimos que a psicóloga já tinha um relatório sobre Christopher, e queria apenas elucidar as pontas soltas, como as diversas mortes de aliados durante suas missões. Nesse ponto é revelado que o Pacificador está na ativa por 20 anos, mas sempre em serviço militar e sua vida de anti-herói se dá em paralelo às suas missões.
Não vemos em momento algum o personagem com seu traje de herói. Sempre que lembra de alguma ação está sempre de uniforme militar, o distanciando do universo DC dos fantasiados. A proposta deve ser exatamente esta, já que a HQ saiu pelo selo Black Label.
Concluindo, a história é boa, se desenvolve muito bem para 48 páginas. Tem umas boas sacadas na juventude do personagem que moldaram o homem que se tornou. Para quem já leu o gibizinho DC Especial 6 (1991) pode ser uma surpresa, pois alguns elementos não estão presentes nessa versão (como a presença "espiritual" de seu pai nazista). Ainda sim é uma ótima HQ para quem quer conhecer mais desse personagem carismático (quem diria?). A arte também é muito boa, sendo precisa, tanto quanto a paleta de cores de Loughidge.
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