OGIVA, PN - Uma breve consideração
Confesso que não tinha muitas expectativas quando comprei Ogiva. Em parte pela divisão do público que supostamente leu a HQ, em parte por não parecer um quadrinho diferente de tantos Mad Max que surgiram de uns tempos pra cá. Mas ao começar a leitura, me deparei com um quadrinho muito bom, arte fluída e roteiro coerente. A medida que a leitura avançou também aumentou as expectativas, pois a cada página o universo criado por Bruno Zago e Guilherme Petreca se intensificaram e as probabilidades são imensas. Na metade do quadrinho eu já ficava apreensivo tanto quanto os personagens. O fato da história, em determinado momento, focar apenas na Pilar, enquanto não sabemos o que houve com a Sara, me deu uma ansiedade e agonia que não me deixou largar a HQ. Sério, no fim, mais que bem escrito, uma tristeza me assolou de saber que nada, ou quase nada, está em nossas mãos, que tudo depende de muito esforço assim como de muita sorte também.
Alerta de Spoiler!
Eu realmente me emocionei com a história e perceber um plot que foi colocado no início (PQP!), quando descobrimos que de certa forma não são os olhos (e textos) da Pilar que nos norteiam deixou o roteiro ainda mais original. O encerramento não é óbvio, e apesar da emoção, da tristeza da perda, a HQ também fecha com uma mensagem de esperança, de que alo ainda está por vir. E eu quero que venha logo, mas dessa vez vou pegar o quanto antes, pois eu quero conhecer mais desse novo mundo que me transportou literalmente para "o pós-apocalíptico de verdade". Parabéns, Bruno, pela criação incrível. Senti a paixão em cada momento. Parabéns ao Petreca por conseguir transpor toda essa áurea em imagens. Obrigado a ambos por essa jornada.
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