MULHER MARAVILHA - Terra Morta
O Selo Black Label realmente veio para fica, e cada vez mais esse "universo" se distancia do extinto selo Vertigo. Mas isso ainda pode mudar e coisas boas podem surgir, como foi o caso de Batman Condenado. Realmente pensei que Mulher Maravilha Terra Morta, escrita e desenhada por Daniel Warren Jhonson, seria um desses trabalhos, que viraria um marco do selo, se tornando um clássico imediato. Porém, quão errado eu estava. A proposta foi trazer Diana para um mundo pós-apocalíptico, onde a humanidade vivesse de forma errante, com recursos escassos e enfrentando monstros gigantescos. Tudo isso sem heróis até que a salvadora surge. Clichê, mas que sempre rendeu excelentes histórias. Mas vamos por partes...
Diana acorda depois de uma longa hibernação (alguns anos, décadas, não é explicado). Ela estava no que parecia ser uma capsula de reabilitação, e a roupa que usa parece ter o mesmo fundamento. De imediato ela já enfrenta uma dessas criaturas para proteger um grupo de "crianças" - erro da arte, no meu ponto de vista, já que não são tão jovens quanto parece. Mas até mesmo Diana é representada mas jovial do que de costume. Ela também está bem mais fraca, mas vence a fera e encontra os restos mortais de um antigo aliado, que aliás era o dono do local onde ela acorda. Em meio a flashbacks Diana vê seu passado em Themycira e lapsos da catástrofe que assolou o mundo.
Diana se convence que precisa levar as pessoas de uma pequena cidade, que sobrevive em meio a um deserto, para sua terra natal, a própria ilha de Themycira. Depois de algumas contendas interna e reencontro com a Mulher a Leopardo, ela ganha a confiança de todos e os guia em sua nova jornada. Enquanto isso mais monstros, mais lutas (e os painéis realmente são sensacionais) e obstáculos que deveriam ser pequenos para a Mulher Maravilha que conhecemos, mas nessa história, nesse universo, ela não é a Diana que conhecemos mesmo. Nada de errado, é claro, pois o multiverso DC é extenso e esse é só mais uma Terra onde Diana é a única esperança.
Bom, chegando no litoral americano Diana se propões a ir na frente. Themycira deve ficar perto da Grécia, e eles estão bem distante da Europa, contudo num pequeno barco, Diana e mais dois dos jovens que a encontraram chegam a Themycira e lá o bicho pega, porque a rainha Hypolita lhe coloca a par de tudo que aconteceu realmente. A origem dos monstros é explicada e Diana se vê numa encruzilhada que lhe colocará em confronto com a humanidade ou com suas irmãs. Nesse ponto também ficamos sabendo o que houve com o maior campeão da Terra, o Superman (e eu não engoli essa parte da história, mas é opinião pessoal mesmo).
Neste novo universo, os braceletes de Diana tem uma função diferente do tradicional. Eles são limitadores de seu poder, e a remoção deles libera o verdadeiro potencial da Mulher Maravilha. Esse detalhe foi muito muito importante para o roteiro bem como para construção e personalidade da protagonista. Ao final ela abraça sua condição de protetora da Terra e salva a humanidade dos monstros, mesmo isso a colocando contra suas irmãs e da própria mãe. Os surgimento dos monstros, aliás, é resultado das bombas nucleares criadas e lançadas pelos "homens".
Eu tentei ser o mais raso possível para não dar spoiler de alguns pontos chaves da HQ. Minha experiência não foi tão boa quanto a que eu tive ao ler Mulher Maravilha - A Verdadeira Amazona, da Jill Thompson. Em alguns pontos o roteiro torna fácil as resoluções dos problemas, como a proximidade de Themycira, o fato de ter um barco na praia, e ainda em bom estado.
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