MOBY DICK

O quadrinho foi publicado no Brasil pela editora Pipoca e Nanquim. Trata-se de uma adaptação do clássico romance de Herman Melville, mas sob a visão e arte únicas do artista Chabouté.


Moby Dick pode ser uma metáfora para aquilo que nos move, onde queremos chegar. É a nossa incensante busca nessa curta jornada entre nascer e morrer. E o Capitão Ahab fez dessa busca não só a sua vida, mas seus sonhos, seu alimento e sua alma. Sua busca custou a vida de seus homens. Custou o navio sob sua guarda. Sua perna e anos de sua existência. 40 deles sobre o mar. E nada do que o esperava, lhe impediria de traçar outra rota. Moby Dick era a única opção. O único caminho. Seu outro eu. Armado de um arpão forjado no sangue e no relâmpago, parecia poético que a jornada do Capitão Ahab fosse a jornada de tantos heróis. Mas não é o caso. Pois como eu disse, o demônio branco era apenas o outro eu do Capitão. Ahab, capitão, demônio. Ensandecido pela vingança. Cego e sem compaixão. Capaz de vender a própria alma para conseguir cravar ao menos um prego no cachalote branco. E isso ele o fez. Não só a sua, como a de todos os homens do navio Pequod. Moby Dick pode ser uma metáfora para onde se quer chegar, para uma busca, para o fim e até mesmo para a morte certa.


Com certeza uma grandes obra, entre as melhores já publicadas pelo PN. Chabouté acertou em cheio ao representar A Fera do Mar de Herman Melville. Leitura indispensável. Certas obras não merecem ser pontuadas, com risco de limitar a subjetividade da obra. Apenas leia e sinta. É bem mais do que descrevi.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

SARA

Nem Mulher Maravilha, nem Capitã Marvel. A maior heroína é... A Pro.

SUPERMAN - PARA O ALTO E AVANTE